sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Eu sou um homem sincero
Porque nasci, cresci e vivo livre
Eu sou um homem sincero
Que quero morrer, nascer e viver livre !

; frases - jorge ben

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Eu derreti em seus olhos, anjo meu, e esqueci do som das palavras. Logo eu, que sempre andei tão bem munida, fui desarmada pelo timbre da sua voz - tão doce que parece retirada de favo de abelha - e pelo olhar tão penetrante que parece sugar de mim o equilíbrio das pernas, que bambas, bambas, só fazem-se desabar. Já lhe pedi para não me encarar no meio da rua, atrás dos semáforos, no ponto de ônibus nem em lugar nenhum, porque eu enrubesço e acanho como criança, e o rubor que sobe pelas minhas têmporas me incomoda. Por favor, obedeça, afaste seu semblante da minha vista e responda com “não” ao invés do tão torturante e incerto “talvez”, pois não há decepção maior do que aquela que sucede esperança. Meu coração não aguenta mais esses saltos repentinos, entende? Eu derreti e continuo derretendo em seus olhos, e em todos os mínimos detalhes que compõem o seu ser. Você é tão pouco e ao mesmo tempo tão tanto que temo não ser mais capaz de suportar-lhe dentro de mim. Acabam me restando duas penosas opções - ou expulso você, ou expulso a mim mesma. Então, saio. Me retiro da minha própria alma, só para lhe abrigar com maior conforto. Morar dentro de mim é o preço que se paga por não ter desviado o olhar quando pedi, pois ao fitar-me, capturei-lhe, registrei-lhe, tomei-o para mim.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é.
sad songs, the are best songs , yeah ♫

domingo, 25 de setembro de 2011

He's more than a man
And this is more than love
The reason that the sky is blue !
Em que mundo fudido um amor não pode ser vivido?
Congela o tempo pra eu ficar devagarinho [...]
E o motivo disto tudo. Banal? fantasia? Só queria entender a razão disto tudo, meu Deus. Porque há tanto há tanto aqui que não sei se é só dentro , só interno e não há nenhuma, mais nenhuma chance.

sábado, 24 de setembro de 2011

[…] “Ainda que sentir de verdade pareça uma outra vida, às vezes cansa viver dentro das coisas que invento. Com você, mesmo eu inventando tudo também, dá pra ter essa sensação de desordem, atropelamento, vida dizendo e não minha cabeça falastrona. Mesmo sendo ofensivo pra minha existência que pessoas como você existam. Mesmo que sua tristeza e preguiça e desistência mostrem pra minha frescura de sentidos como tudo pode ser amargo e pior: mostre que tudo sempre foi e eu é que, vai ver, sou forte ou abençoada demais pra não sucumbir. Mesmo que sua alegria nunca seja por mim. E que sua alegria torne, quando por mim, minha vida intolerável. Sua existência é um absurdo e isso é a maior verdade que me vem à mente quando penso em você ou estou ao seu lado. Passamos a tarde juntos. Foi leve e eu estava quieta, coisa que nunca aconteceu nenhuma das vezes que saímos. Eu estava sempre histérica e hoje eu estava muito quieta, até demais. Talvez seja porque eu não tenho mais a euforia louca de ser amada. Eu piro quando alguém me ama e ao ver em você a calmaria dos vencedores corriqueiros, larguei o corpo. Acabou sendo boa, a sensação de tarde ordinária, encontro ordinário. Eu pude habitar o papel de amiga caminhando ao lado, uma forma de ouvir por perto sua respiração pigarrenta que amo como se fosse o único sopro saudável do mundo. Eu permaneci e isso foi diferente, triste, insuportável, mas possível. Como os mortos que ficam em qualquer lugar, até mesmo embaixo da terra. Morto não deseja e por isso mesmo permanece. Acho que seu desejo morreu e talvez o meu também, já que boa parte desse amor enorme que eu sentia e sinto por você, vinha e venha da minha alegria desmesurada em me sentir amada pelos meus próprios sonhos. Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da puta mil vezes pois em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você. Me peguei uma hora, olhando você, andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos. Na sua varanda sem céu, certa vez, você se sentou naquela cadeira sem fundo. Me colocou no seu colo e me deu o abraço que disparava corações em mim como se eu tivesse um em cada nó de veia. E me disse, com sua voz tão bonita, a mais bonita que eu já ouvi, que eu tinha subido todos os seus andares. Eu entendi que você era o homem da cobertura de aço e eu uma espécie rara de passarinho que tinha algum tipo de chave que se autodestruiria em poucos segundos. E eu entendi também que agora que tinha chegado ali, só me restava pular, já que ninguém aguenta o alto tão alto muito tempo. A vertigem que era o nosso amor. Minhas olheiras, meu cansaço, meus quarenta e dois quilos. Eu poderia morrer porque você tinha uma carninha mais mole atrás da sua orelha direita e isso me impossibilitava, dia após dia, que eu vivesse sem sentir você o tempo todo. Mas quem é mesmo que morre dessas coisas? Não, não podemos, com tanta coisa pra fazer, os meninos de dez a vinte dias, os bares, e almoços, o Pilates, a dança, os empregos, escrever, tudo isso que é minha vida antes e depois de você. Tudo isso que daqui a pouco, quando a sensação desgraçada de absurdo e solidão passar, tudo isso volta, se acomoda, a agenda mágica, o gostosinho no peito, esquecer você todo dia um pouco pra vida e todo dia muito pro dia. Mas agora, hoje, guarda isso, eu amo demais você. Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não sou forte o tempo inteiro e não gosto de admitir isso, então não espalha. Eu sou fraca às vezes. Muitas vezes.
Não sou forte o tempo inteiro e não gosto de admitir isso, então não espalha. Eu sou fraca às vezes. Muitas vezes.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011




You got what it takes you can win
Today is your day to begin
Don't give up here, don't you quit
The moment is now, this is it
I know that you can, then you will
Get to the top of the hill
Part of the fun is the climb
You just gotta make up your mind ♫